domingo, 25 de outubro de 2009

3ª semana - A subjetividade na linguagem


“A competência comunicativa é a capacidade ou habilidade de usar a língua de forma adequada às diferentes situações de interação comunicativa a fim de produzir, usando textos, os efeitos de sentidos desejados em cada situação de interação para se comunicar com o outro. Basicamente, se desenvolve a competência comunicativa, levando a pessoa a ser capaz de usar cada vez um maior número de recursos da língua, de forma adequada à produção de efeitos de sentido nas situações de interação comunicativas” (TRAVAGLIA, L. C. “Teoria lingüística e ensino: da necessidade de trabalhar com a significação no ensino de língua materna”. In: BASTOS, N. Língua Portuguesa em calidoscópio. São Paulo: EDUC, 2004)

Endendendo como o PCNEM que “os textos são concretizações dos discursos proferidos nas mais variadas situações cotidianas”, e identificando como Benveniste que o indivíduo deve ser consciente de si, assumir-se como sujeito de seu discurso, “que é a língua enquanto assumida pelo homem que fala, e sob a condição de intersubjetividade, única que torna possível a comunicação lingüística” (p.293), discuta de que forma, relacionando o que foi apontado por Passarelli , as reflexões da atividade anterior e sua experiência no trabalho de ensino da Língua Portuguesa, particularmente no ensino e aprendizagem da Produção Textual Escrita (aulas de Redação), podemos utilizar todo esse conhecimento teórico no sentido de levantar as dificuldades e possíveis caminhos para uma “aula de redação” significativa. Dê um título ao seu texto.

6 comentários:

  1. 3 – Texto: O HOMEM NA LINGUAGEM – “INTERIOR/EXTERIOR”.

    Fotografamos diversas manifestações em nosso dia-a-dia, vemos alunos com senso crítico aguçado, reivindicando seus interesses, desejando instalar suas verdades, porém quando fazemos um RX desse aluno, nos deparamos com a imaturidade, ausência de desejos como ouvir, observar, vencer etapas, trilhar os pedregulhos tão necessários para que ele tenha um bom produto – um texto claro, gostoso de se ler e que acrescente conhecimento.
    Daí a relutância em escrever? Passamos por uma crise na capacidade de estruturar um texto, no desempenho cognitivo e professores impotentes, diante da falta de conscientização na posse de valores os quais permitirão a continuidade dos estudos para o nosso aluno.
    Por isso, Passarelli, nos pergunta: “Que graça tem a escola?” Vamos primeiro viver os textos reais, dos quais são feitos a vida do aluno, lendo e entendendo conforme o seu repertório, escrevendo sua época, escolhendo o tópico, o tema sobre o qual quer falar. Escrever para si próprio e não para ser avaliado, aqui podemos nortear Benveniste – “ È na linguagem e pela linguagem que o homem se constitui como sujeito”; porque só a linguagem fundamenta na realidade, na sua realidade que é a do ser, o conceito de “ego”. A linguagem só é possível porque cada locutor se apresenta como sujeito, remetendo a ele mesmo como eu no seu discurso.

    ResponderExcluir
  2. Antes de apresentar o meu texto acho necessário dizer-lhes colegas que achei esse tema "Da subjetividade na lingua" muito difícil e complexo, fiz várias leituras e pesquisas, espero que eu tenha atendido a proposta. Estou ansiosa para ler os textos de todos.

    Falando da subjetividade
    ¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨
    Não atingimos nunca o homem separado da linguagem, segundo Benveniste, a subjetividade é entendida como “a capacidade do locutor para se propor como “sujeito”. Essa proposição como sujeito tem como condição a linguagem. “É na linguagem e pela linguagem que o homem se constitui como sujeito; porque só a linguagem fundamenta na realidade, na sua realidade que é a do ser, o conceito de ego”. Este se constituirá em sujeito quando conseguir colocar a linguagem em ação e necessariamente com parceiros. Comunicar-se com o outro e não somente se fechar em suas próprias idéias sem ser entendido. É complexo e difícil falar de todas as diretrizes que norteiam a subjetividade na linguagem, mas o importante é compreender que não podemos nos isolar, quando falada ou escrita as palavras já não nos pertencem mais, então precisamos utilizar corretamente de todos os recursos para que a comunicação seja perfeita.
    Nas aulas de redação é importante que o professor coloque o aluno como sujeito, que ele aprimore algo que é tão natural que é o discurso. Nossos alunos já o fazem quando, "por exemplo", estão diante do mundo digital. Neste o sujeito e a subjetividade se estabelecem numa relação dialógica. Quando o aluno esta num MSN, ele se utiliza dos pronomes “eu, você, ele, nós, vocês, eles” coloca em ação o verdadeiro sentido de colocar-se como sujeito.
    Para que os educandos entendam essa difícil relação entre escrever e escrever para o leitor, sempre proponho atividades de produções de textos que tenham participações de colegas. Como, troca de cartas entre eles; Peço que escolham um amigo e escrevam uma carta e consequentemente, que o destinatário faça a devida resposta. Através dessas trocas estes conseguem perceber as falhas que não permitiram a correta comunicação. Assim quando o colega não entende o emissor solicitado que ele refaça pensando nas adequações para ser verdadeiramente compreendido.
    Com uma tecnologia avançada e rápida e normal nos depararmos com alunos que não tem paciência em escrever com todos os recursos necessários, eles apenas querem transmitir não param para pensar se o outro vai entendê-lo, estão sempre com pressa, alegam que o outro entendi sim, é comum encontrarmos textos com gírias, abreviações e novos signos, mas faço com que o meu aluno compreenda que talvez, o parceiro próximo até o entenda por fazer parte do seu convívio, porém, quando falarmos em linguagem para o leitor e não somente a um único destinatário, precisamos seguir regras, fazer entender em todos os aspectos. Mesmo escrevendo para si, e não para ser avaliado, muitas vezes ao reler o aluno não entendi o seu próprio texto, por isso é importante ele perceber a responsabilidade de escrever corretamente para que sua mensagem não se perca.

    ResponderExcluir
  3. "A subjetividade na escrita"
    Em nossa prmeira leitura no texto de Passarelli, ela diz que o professor deveria sugerir que os estudantes redijessem um tema escolhido por eles próprios, que assim o professor estaria delegando a seus alunos a responsabilidade por aquilo que escrevem, pois se sentiriam verdadeiramente os donos de seus textos, o que transformaria o ato de escrever de uma tarefa designada em um projeto social. Ela faz uma alusão à subjetividade de que o aluno deveria ter em sua produção textual. Nossos colegas já mencionaram de que textos são produzidos para agradar professores. Quando os alunos fazem isso não estão se comportando como sujeitos de seus discursos. Os professores deveriam então mudar seus conceitos. Aproveitando a deixa a respeito da subjetvidade, Costa Val faz uma colocação sobre a subjetividade da avaliação de redação. Em seu livro "Texto e textualidade" ela se refere ao julgamento das redações para o vestibular de 1983, dos candidatos ao curso de Letras da UFMG. A autora afirma que a coerência, a coesão e a informatividade estão em estreita depedência dos conhecimentos partilhados pelos entre locutores. Então se numa dada situação um aluno produz um texto utilizando um dialeto do qual é do conhecimento do recebedor com um contexto que é familiar a ambos, embora não seja compreendido por outros leitores, por que não considerar as experiências pessoais, as verdades, e as histórias da vida dos adolescentes nas atividades escritas, como diz Passarelli? Antes mesmo de o professor colocar uma redação numa linguagem padrão , o que a princípio os alunos consideram enfadonho, até mesmo sem sentido para eles? Como diz o filosófo Arthur Schopenhauer " A primeira regra, que, por si só, já pode garantir um bom estilo, é ter alguma coisa a dizer".Pode até parecer fantasioso, mas certamente é a maneira de enfrentar um papel em branco.

    ResponderExcluir
  4. Uma correção: No lugar de locutores é interlocutores

    ResponderExcluir
  5. Ler para informar
    Escrever para aprender.
    Aprendendo e estudando com os apontamentos feitos por Passareli, posso refletir sobre minhas práticas no ensino e aprendizagem da Produção Textual Escrita no cotidiano escolar.
    Nas minhas aulas de Redação sempre tive grandes dificuldades em propor aos meus alunos para que ou por que escrevemos? E sempre exigia dos mesmos que escrevessem no mínimo dez linhas, desprezando os erros ortográficos e gramaticais, me atendo somente às suas idéias e opiniões sem informação e sem prévio conhecimento do que tinham que escrever. No decorrer das atividades propostas diagnosticava quem conseguia escrever bem e me preocupava com quem ainda não sabia ou não conseguia desenvolver o texto proposto com o assunto em desenvolvimento.
    Este tipo de comportamento me preocupa, pois enquanto aluno até mesmo na Faculdade tinha dificuldades ao redigir textos sem antes uma explicação, ou prévio conhecimento do assunto; e para ajudar meu Professor implicava com os meus textos, pois dizia: que eu escrevia com marcas de oralidade e que para ser um bom escritor tinha que evitá-las na escrita.
    Todavia quando me vejo exigindo dos meus alunos algo que me atormentava em fazer, fico extremamente preocupado para não deixar os mesmos com “traumas” em relação ao de escrever.
    Com os conhecimentos e aprendizagem nos textos lidos de Passarelli, Costa Val e Benveniste, muito tem me auxiliado à assumir uma nova postura em sala de aula na prática de Produção Textual.
    Ao preparar meus alunos e ensiná-las produzir textos de qualidade primeiramente faço com eles a leitura de vários textos de diferentes gêneros; em seguida fazemos juntos uma discussão sobre os textos lidos e anotamos as idéias “chave” levantadas por eles; ao terminar essa primeira fase pergunto o que fazer para escrever um texto? As repostas não são favoráveis tampouco satisfatórias, novamente faço a mesma pergunta e peço que pensam para responder; mesmo assim as dificuldades continuam e tamanha é minha frustração.
    Atendendo as exigências do “SARESP”, pedi que escrevessem uma carta orientando-os o que fazer para escrever um bom texto; expliquei que para escrever um texto (carta) precisamos saber para quem, para que e porque escrevemos?
    Quando escrevemos um texto, precisamos estar atentos à apresentação, sem erros de ortografia nem de gramática, sempre tem que ser lido com maior prazer que outros com erros e confuso; é preciso considerar também que um texto sempre deverá ter uma introdução, um desenvolvimento e uma conclusão.
    Aprender escrever é um processo de fases sucessivas que inclui atividades de leitura de diversos gêneros; como um trabalho escolar, carta a um amigo, lista de compras, pesquisas, mapas e receitas.
    Ao escrever ou produzir textos a partir das informações que tínhamos, temos e teremos podem ser modificadas dando lugar a uma nova organização das idéias.
    Finalmente as redações dos alunos com esse rol de métodos e expectativas de aprendizagem fará deles estudantes a se expressar e escrever cada vez melhor, afinal, deve ser o objetivo de todo educador.

    ResponderExcluir
  6. Texto: subjetividade no texto

    Costa Gal ressalta que um texto é uma unidade de linguagem em uso, cumprindo uma função identificável um dado jogo de atuação sociocomunicativ a . No entanto, não se aprofunda a cerca da subjetividade comentada no texto de Benveniste.
    Talvez , pudéssemos dizer que essa subjetividade no discurso se manifesta em um dos fatores responsáveis pela textualidade ; a intencionalidade apontada pela 1ª autora em seu texto. A justificativa daria se ao fato de a intencionalidade referir-se ao protagonista do ato da comunicação. Sendo assim, esse protagonista representa o “eu” no seu discurso.
    Segundo o texto de Emile Benveniste, o fundamento da subjetividade se determina pelo “Ego”. No ego a pessoa mostra a sua realidade do ser, propriedade fundamental da linguagem.
    Em nosso cotidiano observamos essa propriedade, quando nos mostramos mais a vontade para escrever, conforme já mencionado em minhas postagens anteriores referindo-me à reflexão do texto “Por que a relutância em escrever?
    Quanto às práticas de produção de texto em sala de aula, tenho proposto aos meus alunos uma Apresentação da Produção Escrita do colega, onde finalizamos com o produtor sendo questionado sobre a fidelidade do recebedor no momento da apresentação.
    Nessa experiência, o aluno produtor tem a oportunidade de se assumir como sujeito em dois momentos, sendo que no segundo, utiliza suas competências para esclarecer melhor idéias truncadas em seu texto devido a ausência elementos coesivos, por exemplo.

    ResponderExcluir